domingo, 5 de setembro de 2010

Romantismo - prosa

 O início da prosa literária brasileira ocorreu no Romantismo. Com o desenvolvimento de algumas cidades, o entusiasmo pela economia cafeeira, houve uma "explosão cultural". Com a conquista do poder pela burguesia, surgiu a necessidade de democratizar a literatura, tornando-a mais acessível. Os leitores buscavam na literatura apenas distração, torciam pelas suas personagens e sofriam com as desilusões de suas heroínas.

 O romance tem como estrutura a narrativa, não comporta apenas um núcleo e sim várias tramas que se desenvolvem durante a narração da história principal.

 Romance Urbano

 Os romances urbanos são os que desenvolvem temas ligados à vida social, a variedade dos tipos humanos, os problemas sociais e morais decorrentes do desenvolvimento da cidade, tudo serviu de fonte para os nossos romancistas.
 A Moreninha - primeiro romance publicado no Brasil, autor: Joaquim Manuel de Macedo. Este romance durou um ano para ser publicado porque é um romance de folhetim, era publicado capítulo por capítulo no jornal, a protagonista de A Moreninha é Carolina, uma personagem travessa, inquieta, inconsequente e às vezes engraçada; viva e curiosa e em algumas ocasiões impertinente.

 Romance Sertanejo ou Regionalista

 Desejo de explorar e investigar o Brasil do interior fizeram o autor romântico se interessar pela vida e hábitos das populações que viviam distante das cidades. Abria-se assim para o Romantismo o campo do romance sertanejo, que até hoje continua a fornecer matéria à nossa literatura.

 Romance Histórico

 Foi um dos principais meios encontrados pelos românticos para a reinterpretação nacionalista de fatos e personagens de nossa história numa revalorização e idealização de nosso passado.

 Romance Indianista

 Fase do processo de construção da identidade nacional, foi com José de Alencar que o romance indianista se pôs a serviço de uma visão da "nova" sociedade brasileira. Seus livros clássicos, O Guarani e Iracema apresentam os índios como bons selvagens, belos, fortes, livres e subservientes ao branco. Como em Gonçalves Dias, os índios morrem no fim, mas em Alencar, essa morte se realiza numa espécie de altar de sacrifícios e dela emerge o novo Brasil. Iracema, "a virgem dos lábios de mel, cabelo mais negro que a asa da graúna", morre de amor. Peri se deixa tragar pelo dilúvio, sempre servil a sua senhora Ceci, embora o destino desses dois não seja explícito. Em Alencar o índio e a própria natureza brasileira são postos a serviço do nobre conquistador.

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